O Projeto Ecoturismo na Mata Atlântica objetivou aprimorar o desenvolvimento turístico na região de Mata Atlântica do estado de São Paulo, abrangendo seis Unidades de Conservação: os Parques Estaduais de Ilhabela, Ilha do Cardoso, Turístico do Alto Ribeira (PETAR), Intervales, Carlos Botelho e Caverna do Diabo.
Financiado e coordenado pelo BID em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a proposta visa potencializar a economia e o desenvolvimento socioambiental da região onde os parques estão inseridos.
O projeto prevê a estruturação de equipamentos de uso público nos parques – as unidades de negócio, que contribuem para fomentar o ecoturismo, proporcionando o desenvolvimento de maneira sustentável.
O trabalho incluiu a realização de planejamento territorial, plano de negócios, cadernos de identidade visual, projetos básicos das intervenções e projeto de execuções dos centros de visitantes para cada Unidade de Conservação.
Nos centros de visitantes, foram idealizadas e executadas exposições sobre a Mata Atlântica e suas peculiaridades de fauna e flora, visitação nas trilhas, educação ambiental e temas correlatos.
O projeto foi selecionado para a Bienal de design brasileira de 2010 e recebeu menção honrosa na Premiação IAB/SP 2010, promovida pelo Instituto de Arquitetos do Brasil e Governo do Estado de São Paulo.
A região do Vale do Ribeira, onde encontra-se a maioria dos parques estaduais do estudo, é Patrimônio Natural da Humanidade reconhecido pela UNESCO e contém uma grande biodiversidade concentrando 60% da Mata Atlântica remanescente do país.
Já o Parque Estadual (PE) de Ilhabela está na região do Vale do Paraíba e conforma um “parque-arquipélago”, com um total de 12 ilhas dotadas de grande riqueza de ecossistemas.
Em sua primeira etapa, o projeto desenvolveu a identidade e comunicação visual dos parques e equipamentos, além dos projetos básicos e executivos das intervenções e exposições.
O primeiro projeto foi executado no Parque Estadual Caverna do Diabo, com implementação de expografia no Centro de Visitantes, a qual buscou elementos da própria Mata Atlântica para compor a linguagem visual.
Rios, cachoeiras, cavernas e animais revelam as riquezas naturais do bioma por meio de elementos que proporcionam gradação de cores, texturas, cheiros, formas e ruídos que se inter-relacionam.
Cada ambiente é composto por diferentes cenários, interligados por meio de “cortinas” formadas por recortes em placas que remetem às diferentes temáticas propostas.
Nos painéis, são aplicadas as informações, mapas, jogos e imagens explicativas, ao mesmo tempo em que indicam um percurso de visitação.O sistema de painéis adapta-se a qualquer um dos edifícios já existentes e a uma diversidade de temas, proporcionando um uso eficiente das áreas expositivas dos parques.
O conjunto de elementos visuais desenvolvidos no projeto foram aplicados nos sistemas de identidade e comunicação visual dos parques, bem como em peças promocionais e produtos que podem ser comercializados nas lojas das unidades, como camisetas e canecas.